Ferrugem asiática exige atenção do sojicultor

A ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é uma doença que está presente no Brasil há cerca de 20 anos e atinge mais de 150 espécies de Fabaceaes, porém, é na cultura da soja que o patógeno pode causar perdas expressivas na produtividade.

A facilidade na disseminação dos esporos fúngicos e as condições ambientais, como temperatura ideal de 15 a 25° C e molhamento foliar de 6 a 12 horas, fazem com que a doença ocorra na maior parte das regiões produtoras da cultura, principalmente após a formação do dossel da lavoura, quando o microclima de umidade e sombreamento favorecem o desenvolvimento do patógeno.

No início do ciclo da doença, os sintomas são pontuações escuras nas folhas do terço inferior, também conhecido como baixeiro, e posteriormente, na face inferior da folha é possível observar as urédias, que são as estruturas de reprodução do fungo. Os danos afetam a área fotossiteticamente ativa da folha, a produção de fotoassimilados e o acúmulo de matéria seca, impactando diretamente na produtividade. Visivelmente, as folhas adquirem coloração amarelada, secam e ocorre a desfolha precoce, que impossibilita o desenvolvimento dos grãos.

O manejo deve ser realizado com união de três métodos de controle: Práticas culturais, com o vazio sanitário; método genético, com cultivares precoces resistentes ou tolerantes; e o método químico, com fungicidas eficientes. O produtor deve estar atento ao uso correto de fungicidas, uma vez que o uso excessivo de produtos contribui para o aumento da resistência do patógeno aos princípios ativos e aumenta os custos de produção.

De acordo com o Consórcio Antiferrugem, a safra 2021/2022 apresentou 377 ocorrências da doença, sendo que os estados que tiveram maior incidência foram Mato Grosso, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul, com 234, 72, 18 e 15 casos, respectivamente. Além disso, o Consórcio apontou ainda, que os estádios fenológicos que apresentaram maior ocorrência foram R5 com 165, R6 com 106 E R7 com 56 casos.

Fonte: Agrolink

Data: 30/05/2022