Primavera e La Niña. O que esperar da estação?

Nesta quinta-feira (22.09) às 22h04 inicia a primavera no hemisfério sul e a entrada do outono no hemisfério norte. E pelo menos aqui no Brasil, o comportamento das chuvas seguem um padrão de aumento gradual dos volumes em algumas regiões, interrompendo os longos períodos de estiagem nas regiões produtoras do centro do território nacional.

A partir do mês de outubro, a média histórica dos registros de chuvas se aproxima dos 300 mm no oeste da região Sul e sobem significativamente sobre o centro-oeste, com médias acima dos 220 mm.

Em novembro, com os episódios mais recorrentes do corredor de umidade conhecido como Zona de Convergência Intertropical (ZCAS), as chuvas tendem a serem mais volumosas na faixa norte-sudeste do país. Já em dezembro, o padrão fica mais chuvoso, principalmente devido às pancadas de chuva que surgem em decorrência do calor e umidade no final dos dias.

O que esperar para esta primavera?

As observações e projecções dos diversos centros climáticos ao redor do planeta, mostram a clara atuação do fenômeno climático La Nina. E o padrão esperado para o comportamento das chuvas – nesta rara condição de um terceiro ano consecutivo com a atuação do fenômeno – mostra um período mais seco na região sul do Brasil e Argentina, ao passo que o centro norte do nosso país poderá registrar chuvas acima da média histórica.

PREVISÃO PARA PROBABILIDADE DE CHUVAS PARA OUTUBRO-NOVEMBRO-DEZEMBRO 2022

Essa previsão de uma primavera com chuvas abaixo da média já provoca alguns movimentos e estratégias do produtor da região sul, como a antecipação da semeadura do milho primeira safra. E na Argentina, há revisões em relação à estimativa da produtividade das safras de inverno, pela plataforma ProRindes.

Contudo, caso este padrão venha a se confirmar, a semeadura da safra de verão no centro-oeste, sudeste e no MATOPIBA será realizada com excelentes condições para o estabelecimento das culturas. Este padrão já é observado até mesmo nas projeções de médio prazo, que indicam volumes expressivos no centro-norte do Brasil – com exceção do MATOPIBA.

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Fonte: Agrolink

Data: 20/09/202