Quais as perspectivas econômicas para 2023?

No anuário 2022/23, que é a edição de Dezembro/Janeiro da revista Hortifruti Brasil, foram analisados os principais destaques do ano de 2022, bem com as tendências para 2023 do setor de frutas e hortaliças.

No que diz respeito ao cenário econômico, as perspectivas para 2023 são as seguintes:

DESACELERAÇÃO GLOBAL: A crise do custo de vida, o aperto das condições financeiras na maioria dos países, a invasão da Rússia na Ucrânia e a persistente pandemia de covid-19 pesam para um cenário econômico limitado em 2023, segundo o relatório de outubro do FMI (Fundo Monetário Internacional). O Fundo prevê que o crescimento mundial se desacelere, passando de 6% em 2021 para 3,2% em 2022 e para 2,7% em 2023. Desconsiderando a crise financeira mundial de 2008 e a fase aguda da pandemia, em 2020, este é o avanço mais fraco previsto desde 2001, segundo o FMI. A tradução desses números é uma desaceleração global em 2023. Um alento pode ocorrer quando houver uma solução para o conflito no leste europeu – no entanto, a guerra ainda deve se arrastar ao longo de todo de 2023. A Europa deve ser a mais afetada pelo crescimento limitado e pela inflação alta – o FMI prevê que avanço de apenas 0,5% para o continente.

NOVO GOVERNO, VELHOS DESAFIOS – BRASIL DEPENDERÁ MAIS DE REFORMAS DOMÉSTICAS PARA CRESCER EM 2023: O principal desafio do novo governo é controlar os gastos, visando conter a inflação, para uma trajetória sustentável de queda nos juros, e, assim, conseguir recuperar o poder de compra do brasileiro. Outro grande desafio é tentar implementar as promessas de campanha (aumento real do salário mínimo e a ampliação do “Auxílio Brasil”/“Bolsa Família”), sem comprometer ainda mais os gastos do governo. Por enquanto, sem um programa de corte ou reformas que sinalize um melhor controle fiscal, a previsão para o Brasil em 2023 é de menor crescimento e de inflação e juros elevados.

CONSUMO DE ALIMENTOS NO BRASIL É BOM, MAS AINDA DEVE SER LIMITADO EM 2023: A expectativa é de um arrefecimento nos preços dos alimentos, diante da desvalorização recente de vários insumos, incluindo os fertilizantes. Isso pode favorecer uma melhorara no poder de compra do brasileiro, que está limitado desde 2021.

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Fonte: Agrolink

Data: 30/12/2022