RS: milho tem queda de produtividade em 53%
A colheita do milho evoluiu lentamente para 68% da área cultivada. O acréscimo de apenas 4% foi condicionado pela ocorrência de chuvas e pela maior atenção à operação em outros cultivos, como a soja e o arroz. A produtividade estimada permanece em 3.428 kg/ha, representando um decréscimo de 53% da projetada inicialmente. A melhoria nas condições ambientais, durante o mês de março favoreceu 15% dos cultivos que estão em estágios vegetativo, em florescimento e em enchimento de grãos. As áreas em maturação permanecem pouco afetadas pelas precipitações. Os dados são da Emater/RS.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a colheita encaminha-se para o final na Fronteira Oeste, restando menos de 3% em fase vegetativa e 5% em fase de floração, das quais se estima a recuperação, ao menos parcial, com as chuvas de março. As perdas nas lavouras colhidas confirmam as estimativas de 70% de redução na produtividade.
Na Campanha, na qual há 16% da cultura ainda na fase vegetativa e 24% em floração, percebeuse melhor desenvolvimento, recuperação no porte e turgidez das plantas. Houve também boa eficácia na ação de herbicidas, utilizados para controle das ervas daninhas e na absorção da adubação nitrogenada e potássica em cobertura. A colheita ainda é pouco expressiva, atingindo 5% da área cultivada.
Na de Caxias do Sul, a colheita teve prosseguimento com elevadas perdas, condicionadas pelo déficit hídrico e altas temperaturas no período reprodutivo. As lavouras semeadas no tarde, atualmente em fase de enchimento de grãos, são em menor proporção, mas apresentam bom potencial produtivo.
Na de Erechim, 90% do cultivo foi colhido. A produtividade inicial esperada era de 9.000 kg/ha. A média alcançada é de aproximadamente 3650 kg/ha. Na região administrativa de Ijuí, a colheita foi realizada em 98% das lavouras. A produtividade obtida é cerca de 4.300 kg/ha. As lavouras de segundo cultivo, semeadas em janeiro, apresentam bom desempenho.
Na de Passo Fundo, cultura com 80% da área colhida. As lavouras remanescentes estão em processo de maturação. As perdas de produtividade permanecem acima de 60%.
Na regional de Pelotas, com mais um período de precipitações em todos os municípios, foram beneficiadas as culturas em fase de enchimento de grãos (44%), as em florescimento (20%) e as em desenvolvimento vegetativo (11%). As lavouras maduras (11%) não sofreram impacto, e 14% foram colhidas.
Na de Porto Alegre, a colheita alcançou 33% da área cultivada. As perdas são estimadas em 12 %, e a produtividade prevista atualmente é de 4.200 kg/ha. Na regional de Santa Maria, as condições climáticas foram muito favoráveis nas três últimas semanas, com boa frequência e volumes de chuvas. Foram beneficiadas lavouras em fases até a de enchimento de grãos, que representam 43% do cultivo. A colheita alcançou 47%, e as perdas, no momento, são de 65%.
Na de Santa Rosa, apresentaram alterações apenas as lavouras de milho safrinha em consequência do retorno de chuvas no mês de fevereiro e na primeira quinzena de março. Contudo, essas lavouras representam apenas 11% do cultivado. Os 89% que foram colhidos sofreram perdas de 47%.
Na de Soledade, nas lavouras semeadas no cedo foi finalizada a colheita. A produtividade variou conforme maior ou menor restrição hídrica de 30 a 75 sacos por hectare. No período, prosseguiu a colheita de lavouras com implantação no período intermediário do zoneamento agrícola e lavouras do cedo em locais íngremes com colheita manual. Lavouras com implantação tardia têm bom crescimento e desenvolvimento por conta das chuvas ocorridas nas últimas semanas.
Comercialização (saca de 60 quilos)
Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Rio Grande do Sul, o preço médio da saca de milho variou +0,55%, passando de R$ 93,31 para R$ 93,82.
Fonte: Agrolink
Data: 21/03/2022