Apesar das preocupações com a safra brasileira, a demanda por produtos de soja é forte em geral, aponta a Consultoria TF Agroeconômica. De acordo com os analistas de mercado, a tendência é de alta a curto prazo, e os grãos de março estão em um canal ascendente, fechando a semana passada acima da média móvel de 200 dias.

Soja e farelo foram os únicos a fechar em alta na última sexta-feira, após uma “venda brutal de soja e óleo do dia anterior”, comentam os especialistas. Isso porque, ressaltam eles, os comerciantes ficaram assustados com as fortes vendas de óleo de soja depois que a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos) divulgou seus mandatos de biocombustíveis que “chegaram como o esperado, mas, aparentemente não como se desejava”.

“Com os Fundos tendo uma posição comprada líquida tão grande em óleo de soja, não demorou muito para desencadear a venda e isso também se espalhou para a soja. A reação foi exagerada e os ganhos da soja hoje mostram que os preços têm boas chances de recuperação”, acrescenta a equipe da TF.

De acordo com o analista sênior da Consultoria, Luiz Pacheco, a demanda doméstica e o esmagamento ainda estão fortes e a demanda de exportação ainda está viva, com a China comprando quatro carregamentos de grãos dos EUA ontem. “A demanda de exportação provavelmente diminuirá quando a safra do Brasil for colhida. A China já está comprando grãos para entrega em fevereiro/março com seis carregamentos comprados do Brasil, ontem, junto com a compra dos EUA”, conclui ele.

Fonte: Agrolink

Data: 05/12/2022